Todos os anos, o International Food Information Council (IFIC) publica o Best Diet Rankings, uma lista das dietas mais populares. Ou seja, entre aqueles que querem emagrecer, recebem mais atenção. A agência acaba de divulgar quais são as dietas mais populares para 2020. Para fazer esta lista, milhares de americanos ouviram detalhes sobre seus hábitos alimentares nos últimos 12 meses.
A dieta mediterrânea tem sido apontada como a dieta mais saudável nos últimos anos, mas não aparece na lista das mais populares. De acordo com os organizadores do ranking, a popularidade do jejum intermitente se deve em grande parte à sua flexibilidade, pois há uma variedade de métodos de jejum além de não restringir o que você pode ou não comer. “As pessoas são capazes de adaptar esses padrões alimentares ao que funciona para elas sem ter que seguir um conjunto específico de regras”, diz Ali Webster.
Jejum intermitente
Jejuar por um período determinado é uma das apostas que estão em alta para quem quer emagrecer. Mesmo sendo chamado de dieta, esse estilo de jejum é, na verdade, uma estratégia nutricional caracterizada por períodos alternados de jejum e alimentação regular, a fim de melhorar a composição corporal e saúde geral. Além do emagrecimento, está associado a diversos benefícios para a saúde, como a melhor regulação do nível de insulina e açúcar no sangue, o que ajuda a reduzir o risco de diagnóstico de diabetes. A prática do jejum ainda otimiza a sensibilidade à leptina, que é o hormônio responsável por regular nosso centro de fome e saciedade.
Comer limpo (clean eating)
A ideia dessa dieta limpa é estar atento ao caminho que a comida percorreu desde sua origem até chegar ao prato. Na sua forma mais resumida, uma alimentação limpa significa consumir alimentos integrais, ou alimentos “reais” – aqueles que não são processados, refinados ou manipulados, que estão mais próximos de sua forma natural. Não é por acaso que essa é adieta de Jennifer Lopez. No entanto, a produção moderna de alimentos se tornou tão sofisticada que comer alimentos integrais pode ser uma proposta desafiadora hoje em dia. Planos alimentares a base de plantas e alimentos naturais são saudáveis, e com a dieta limpa não seria diferente. Há pesquisas que vinculam dietas ricas em frutas e vegetais ao controle de peso saudável e pele e cabelos brilhantes (como se você precisasse de mais motivação).
Diferenças entre cetogênica e low carb
As duas metodologias apareceram entre as dietas mais populares, e a principal diferença se dá no nível de restrições de cada uma, sendo a cetogênica (keto) mais restritiva que a low carb. Na dieta low carb temos a proposta de diminuir o consumo de carboidratos para uma média de 50g a 150g diárias.
Já a cetogênica indica a diminuição na ingestão de carboidratos para uma quantidade ainda menor – de no máximo 50g por dia. Outra diferença entre as duas dietas se dá no consumo de proteínas e gorduras. Enquanto a low carb recomenda apenas a diminuição do carboidrato, a alimentação cetogênica pede o aumento do consumo de proteínas e gorduras.
Um dos objetivos da dieta low carb é não gerar picos de insulina no organismo, por isso é aconselhado o consumo de carboidratos de absorção lenta. O organismo queima a gordura disponível no corpo e impede a produção de novas células de gordura.
A dieta keto pretende quase que zerar os níveis de insulina no sangue para que o corpo entre em cetose e recorra ao estoque de gordura para manter seu funcionamento adequado. Por isso, a perda de peso é mais perceptível em menos tempo. Não é uma estratégia fácil de ser mantida, nem todo indivíduo se adapta ou tem indicação para uso.