O efeito dos alimentos que você ingere na microbiota

O equilíbrio da microbiota é essencial para prevenir a inflamação e depende de uma alimentação balanceada

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Com a melhoria da nutrição e do metabolismo humano pela Universidade de Stanford, Natalia Barros explicou que a barreira intestinal é composta por quatro camadas: bactérias, muco, vilosidades e células. Segundo nutricionistas, qualquer alteração nessa estrutura que separa o intestino do meio interno do corpo vai desencadear uma permeabilidade extrema. Portanto, micróbios ou fragmentos bacterianos podem entrar no sangue e desencadear o processo inflamatório, estimular o sistema imunológico e produzir radicais livres e estresse oxidativo por muito tempo. A escolha do que comer tem papel fundamental na prevenção dessa situação.

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- Existem bons estudos que analisam a relação entre doenças inflamatórias da pele e articulações e a microbiota. É bem sabido que a microbiota pode afetar sítios extraintestinais distantes, incluindo articulações, por meio da imunomodulação. Por exemplo, devido à nutrição insuficiente, a barreira intestinal é danificada, o que desencadeia a transferência de metabólitos bacterianos do intestino para o sangue, para que o sistema imunológico responda a essa invasão. A resposta chegará a outros órgãos, como acrescentou a nutricionista cutânea.

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Na verdade, no que diz respeito às doenças de pele, o dermatologista acredita que embora este estudo envolva apenas psoríase, problemas como acne e dermatite atópica também são afetados pelo desequilíbrio da flora intestinal, que também estimula a atenção das pessoas aos alimentos. Segundo Carolina Milanez, é impossível resolver essas doenças apenas com dieta alimentar e uso de prebióticos e probióticos, pois outros fatores podem causar essas doenças. No entanto, na prática, foram observados efeitos positivos dos alimentos na saúde da pele.

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- Por exemplo, vimos a relação entre acne e comida. Alimentos com alto índice glicêmico podem piorar a acne. Os derivados do leite também desempenham um papel, assim como o leite, o queijo e o iogurte, a proteína do soro do leite e outros suplementos. Em contraste, o óleo de peixe rico em ômega-3 ajuda a combater essa inflamação - o exemplo de um dermatologista.

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Mancini comentou que a formação da microbiota começa durante a gravidez. Até o tipo de parto afeta as bactérias que colonizam a flora intestinal. A partir de então, todas as escolhas alimentares, a começar pelo tipo de aleitamento materno previsto para o bebê, vão determinar a colonização de bactérias no intestino e, consequentemente, as características da microbiota. Isso sem falar no uso de antibióticos, que também tem impacto na flora intestinal.

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Segundo os endocrinologistas, apesar desses conhecimentos e avanços científicos na microbiota, exames laboratoriais não podem ser realizados para entender a qualidade das bactérias que habitam a flora intestinal e orientar prescrições personalizadas.

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No entanto, estudos têm mostrado que o consumo excessivo de alimentos de origem animal, especialmente carne vermelha, pode estimular as bactérias no intestino a produzir substâncias relacionadas ao risco de doenças cardíacas. Para uma dieta vegetariana ou vegana, por ser rica em fibras, tende a escolher bactérias benéficas, embora alguns nutrientes, como a vitamina B12, precisem ser suplementados. Portanto, com base no conhecimento de que uma alimentação balanceada ajuda a manter o equilíbrio da microbiota, o médico sugeriu que considere os melhores prebióticos: comer frutas e vegetais.

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- Uma dieta balanceada não é necessariamente vegetariana. Mas quando a fibra é fermentada por bactérias intestinais, ela produz uma espécie de gordura, ácidos graxos de cadeia curta, que não é encontrada em nenhum tipo de alimento. Eles são produzidos por bactérias e absorvidos pelo corpo. Isso é muito saudável para o intestino e pode até regular o metabolismo humano - o médico explicou e acrescentou que a dieta balanceada recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 50% a 55% de carboidratos, 25% a 30% de gordura e só proteínas para 15% a 20% do valor calórico total, que é uma boa referência geral. - Um adulto consome mais de 20% de proteína em uma dieta de 2.000 calorias, muito mais do que essa quantidade.

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Fontes:

Carolina Milanez é dermatologista com formação médica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, residência de Clínica Médica pelo Hospital Geral de Carapicuíba e título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), é médica dermatologista pelo Hospital Heliópolis, pós-graduada em Cosmiatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e preceptora de Dermatologia do Hospital Heliópolis.Marcio Mancini é endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (Sbem-SP) e médico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Doutor em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP, atuando principalmente nos seguintes temas: obesidade, síndrome metabólica e diabetes.Natalia Barros é nutricionista especialista em saúde feminina, mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e com aprimoramento em nutrição humana e metabolismo pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

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— Foto: Pixabay/Divulgação

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