A prevenção e o tratamento de doenças estão diretamente relacionados a uma alimentação saudável e exercícios regulares
Antes de sofrer de doenças crônicas e graves problemas de saúde, o corpo costuma enviar alguns sinais de alerta. Em alguns casos, aparecem de forma reversível e, conforme as mudanças no estilo de vida, é possível curar o problema e evitar que se torne uma doença mais preocupante.
Um desses sinais é a resistência à insulina, que é uma intolerância ao hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue. Se você não é diabético, mas tem problemas com os níveis de insulina todos os dias, pode ter problemas.
“Quando uma pessoa fica resistente à insulina, o organismo tende a aumentar o nível de açúcar (glicose) no sangue, o que pode levar a um estado de pré-diabetes ou até diabetes”, explica o endocrinologista Antonio Roberto Chacra do Hospital Sírio. Libanês, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Nível muito alto
O que acontece nas pessoas com essa doença é que, quando as células do corpo se tornam resistentes a esse hormônio, é necessária mais insulina para fazer o mesmo trabalho.
Daniel Vatner, um endocrinologista da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, acrescentou em uma entrevista ao Insider: “As pessoas que são resistentes a essa substância precisam produzir mais insulina após as refeições, caso contrário, não serão capazes de armazenar e usar o açúcar de maneira adequada”. Portal.
No entanto, seu corpo só pode produzir uma certa quantidade de insulina por conta própria. Portanto, quando as células se tornam tão tolerantes a essa substância que perdem o controle do açúcar no sangue, ocorre um ponto crítico, que leva a níveis elevados de glicose a longo prazo.
Quando o sangue contém muito açúcar por muito tempo, o corpo acaba armazenando-o como gordura. É por isso que a resistência à insulina aumenta o risco de doenças relacionadas ao excesso de peso e à obesidade, como pressão alta, colesterol no sangue e doenças cardiovasculares.
Portanto, você deve reconsiderar seus hábitos alimentares e a frequência dos exercícios semanais. Esses dois pilares de uma vida saudável são a estratégia mais eficaz para reverter essa situação.
“Muitos pacientes com diagnóstico de resistência à insulina começam a se exercitar, perdem peso e se livram desse problema”, comentou o médico Roberto Chacra. “Mas se eles engordarem de novo e ficarem parados por muito tempo, a condição vai acabar cedendo”, alertou.
O exercício não só desempenha um papel importante no controle de peso, mas também ajuda as pessoas com essa doença a controlar o açúcar no sangue.
Nova rotina
O Dr. Mark Shuta, diretor do Rodbo Diabetes Center na Pensilvânia, explicou que reverter essa situação não é tão caro quanto parece. Os especialistas recomendam começar com uma caminhada rápida de 30 a 45 minutos mais do que três dias por semana e, em seguida, fazer exercícios aeróbicos por 150 minutos por semana.
Ao escolher o que colocar no prato, evite:
Carboidratos refinados, como pão branco, macarrão e arroz;
Frutas com alto índice glicêmico, como melancia, abacaxi e uva;
Vegetais com amido, como milho, abóbora e batata;
As gorduras saturadas são encontradas em alimentos como laticínios inteiros, manteiga e carne de porco.
Os especialistas listaram os alimentos mais comumente consumidos no portal Insider, em vez destes alimentos:
Proteína magra, como frango e peru sem pele, camarão e iogurte grego desnatado;
Gorduras monoinsaturadas, a exemplo de nozes, sementes, azeitonas e abacates;
Frutas com baixo índice glicêmico. Boas pedidas são maçãs e peras;
Vegetais sem amido, tal como aspargos, cenouras e tomates;
Feijão e legumes, como grão de bico, lentilha e feijão preto.